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Tempo, tempo...amor!

  • Camila Favali
  • 10 de jun. de 2015
  • 4 min de leitura

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Foto: Camila Favali

Assistindo a documentário sobre o Cosmos, da National Geografic, reforço a minha principal reflexão recentemente - a brevidade da vida. A imensidão e complexidade do Universo com seus bilhões de anos - segundo a ciência - comparada a curta vida que nós, seres humanos temos na Terra, só me fazem pensar no tempo, no tempo que passamos aqui, no sopro de vida que nos é dado por um breve período de tempo. Somos como a neblina que aparece por pouco tempo e logo se dissipa, como disse Tiago em uma carta bíblica. Vida efêmera e breve como exclamou Cazuza! Inclusive esse é um pensamento muito comum do nosso cotidiano. Conversa de bar, de elevador, ou pior, de hospital e velório. Sabe aquela sensação que você tem quando perde alguém querido e passa a refletir sobre a sua vida; de como tem gasto o seu tempo e se tem se dedicado a fazer as coisas que realmente importam; se tem estado ao lado de quem ama? Enfim, coisas assim que tenho pensado muito.

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Foto: Livia Sene

Aliás, esse texto era para ter sido escrito há pouco mais de um mês quando perdi um colega de trabalho. Novamente tive essa sensação e passei a questionar mais o uso do meu tempo. Não que seja fácil se organizar de maneira perfeita, onde tudo o que fazemos acontece do jeito certo e no tempo certo. Por muitas vezes sentei na frente do computador para escrevê-lo e cumprir o meu propósito de publicar um post por semana nesse blog, mas não consegui. Às vezes realmente não parava para me dedicar o quanto deveria; às vezes coisas mais importantes e urgentes surgiam e eu precisa dedicar mais tempo; outras vezes sentava e ficava olhando para a tela sem conseguir desenvolver um texto que fluísse do meu coração de maneira sincera. E assim foram-se os dias, um mês, e não publiquei nada mais. Vivia me cobrando e dizendo: “- Agora você tem que conseguir, tem se organizar, tem que ser correta e cumprir o que se propôs!”. Mas mesmo com as minhas cobranças deixei o tempo passar para amadurecer as ideias e fui me ocupando com outras coisas que no momento eram mais importantes para mim, como o trabalho, os estudos, os cultos e as visitas nas células de casais que coordeno junto com o meu esposo na Primeira Igreja Batista em São José dos Campos; ocupei também com tarefas domésticas, com a leitura dos livros que nunca termino de ler, com os filmes que amo assistir, e principalmente, passar tempo com as pessoas que amo - meu esposo, minha família e amigos – não fazer nada, dormir e comer. Tempo, tempo para tudo isso! Haja tempo. Ah! Ainda me esqueci das inúmeras visitas na minha casa pelos possíveis futuros compradores. Muitas visitas e correria para organizar tudo antes de recebê-los e causar uma boa impressão. Totalmente desgastante! Também, me esqueci do tempo gasto com as mudanças de cor no meu cabelo. Estou quase loira agora. ;-)

E assim se foi um mês, um mês da minha preciosa e única vida! Tempo que não para de passar e que me faz dar cada vez mais valor a cada dia que tenho para desfrutar. Sempre que acordo penso em um versículo bíblico em Salmos: “Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele.” (Salmo 118.24). Acordo e penso na importância de cada dia e que a soma deles formam a minha vida; que sou eu que a construo como um pedreiro constrói uma parede ao empilhar pequenos tijolos até formá-la. Vi em um filme essa semana – Por uma vida melhor – que o amor é a argamassa que une esses tijolos. E é isso mesmo! É o amor que faz com que a soma desses dias forme uma vida feliz. Dias cheios de amor constroem uma parede forte capaz de aguentar as tempestades. O amor é a liga, é o que faz o nosso tempo valer a pena, ainda que não seja tão perfeito e organizado o quanto esperávamos. Tempo é amor, tempo é ternura, como disse Fabricio Carpinejar em Tempo é Ternura. Um lindo texto por sinal.

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Foto: Adelaide Touron de Sene

Em um desses dias que decidi dedicar o meu tempo não para o blog e sim para estar com as pessoas que amo, conheci O Lavandário, em Cunha, no interior de São Paulo. A convite da minha mãe fui conhecer uma plantação de lavandas em um dos muitos montes de Cunha. Fomos acompanhadas de meu pai, de minha irmã e tios. Meu esposo estava trabalhando, então não pode ir conosco :-(

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Foto: Camila Favali

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Foto: Livia Sene

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Fotos: Camila Favali

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Foto: Livia Sene

Bem, não preciso dizer muito com essas imagens. O local é lindo, romântico, inspirador! A mistura da vista impressionante do vale e da serra, do sol iluminando as nuances dos inúmeros arbustos de lavanda e alecrim, além daquela linda casa em estilo provençal, e nós em meio a tudo aquilo. Parecia uma pintura de Monet e Van Gogh! Um lugar atemporal. E nesse cenário comecei a pensar mais uma vez sobre a efemeridade da vida. Quanto tempo mais aquela cena iria se repetir? Quantas vezes mais estaríamos nós - ainda que faltando alguns queridos na foto - sentados ali como família. Pai, mãe, irmã, tios?

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Fotos: Acervo pessoal

Quanto tempo mais poderei dedicar os meus dias para algo que realmente importa; para construir essa parede forte e sólida que quero construir; quanto tempo mais terei para cumprir o meu propósito de vida, o motivo pelo qual estou aqui? Resposta que não tenho, mas posso dizer que concordo com a frase que Steve Jobs disse no discurso em Stanford, um pouco antes de morrer: "O tempo é limitado, não o desperdicem."

Alguns não creem em vida eterna, mas eu creio. Creio na vida e morte eterna. Creio que se caminhar com Jesus aqui na Terra também irei caminhar eternamente com ele no céu, e por isso consigo sentir paz em relação ao futuro. Consigo “deitar a minha cabeça do travesseiro e descansar”. Consigo ter esperança, mas também isso me traz uma responsabilidade muito grande em relação ao tempo que tenho aqui, de amar e servir, de estar disposta a aprender e ensinar, de ser relevante, de acrescentar algo de valor, de inspirar depois de ter sido inspirada, de gerar vida com o amor recebido de Deus, de amar.

Ame, porque tempo não é dinheiro, mas sim amor!

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Fotos: Acervo pessoal

 
 
 

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